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A carga verificada no Sistema Interligado Nacional em janeiro variou positivamente em 6,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram 79.583 MW médios. Com relação a dezembro houve uma redução de 1%. De acordo com o Boletim de Carga Mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico, no acumulado dos últimos 12 meses, a carga apresentou uma variação positiva de 5,7% em relação ao mesmo período anterior.

Em relação à carga ajustada onde são excluídos os efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, o crescimento em janeiro de 2024 ante 2023 foi de 4,7%. Nesse indicador por submercado, o destaque ficou com o Norte que apresentou alta de 8,9%, já no Sul está a única redução, de 1%. No maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste, a alta ficou em 4,9%, enquanto no Nordeste a alta foi mais expressiva, de 7,8%.

De acordo com o ONS, o crescimento da carga pode ser justificado pelas temperaturas médias acima da média histórica nas regiões SE/CO e Sul causadas pelo fenômeno meteorológico El Niño, influenciando positivamente na dinâmica. A variação positiva de 4,7% da carga ajustada, demonstra que os fatores fortuitos tiveram impacto de 2% sobre, além disso, aponta o operador, “cabe ressaltar a melhora no desempenho da indústria, com redução de estoques e estabilidade no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) ao variar apenas -0,1 ponto percentual em janeiro, para 81%, o que ajudou no SE/CO submercado que detém 60% do consumo industrial”.

Por submercado, a carga de energia verificada em janeiro/24 no SE/CO apresentou uma variação positiva de 7,6% em relação à carga verificada no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de dezembro/23, verifica-se uma variação negativa de 1,3%. No acumulado dos últimos 12 meses o índice aumentou 5% em relação ao mesmo período anterior. Das condições climáticas para o subsistema, o ONS destacou o volume de chuvas inferior à média, exceto no norte do Espírito Santo, de Minas Gerais, de Goiás e Mato Grosso que apresentaram precipitação acima da média mensal devido à ocorrência de dois episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

Já no Sul, a carga de janeiro aumentou 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de dezembro ficou estável. Nos últimos 12 meses a variação foi positiva em 2,8%. A ocorrência de temperaturas máximas próximas à média histórica e o total de precipitação acumulado no mês de janeiro que ultrapassou a média histórica no Rio Grande do Sul e Santa Catarina por causa da passagem de duas frentes frias ao longo da terceira semana do mês foi o destaque meteorológico.

O NE teve variação positiva de 9,2% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. Com relação a dezembro caiu 1%. No acumulado dos últimos 12 meses o subsistema apresentou alta de 6,8%, em relação ao mesmo período anterior. Aqui novamente a questão temperatura recebeu menção, pois a máxima permaneceu acima da média histórica em todas as capitais. Já o total de precipitação observado variou entre a média e acima da média mensal nos estados de Pernambuco, Paraíba e Piauí e acima da média histórica apenas no estado da Bahia.

Por fim, o Norte continua como o submercado de maior crescimento. Dessa vez, a variação positiva ficou em 11,3% no primeiro mês de 2024. Ante dezembro houve queda de 0,9%. Mas nos últimos 12 meses a variação positiva foi de 13,2%. A taxa de crescimento da carga do subsistema, diz o ONS, pode ser explicada parcialmente pela retomada de carga de um grande consumidor livre da Rede básica observada a partir do segundo semestre de 2022. Se o crescimento da carga desse consumidor fosse expurgado do cálculo, a taxa de crescimento para o subsistema seria de 8,2%.

Além disso, o comportamento da carga na Região Norte no mês de janeiro/24 foi influenciado pelo total de precipitação, que apresentou anomalia negativa de chuva em grande parte da região, exceto no oeste do Pará, no oeste do Amazonas e no Amapá que ficou acima da média histórica. Com relação à temperatura, foi registrada estabilidade em relação a janeiro/23, com máxima variando entre a média e acima da média histórica em todas as capitais.